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quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Mulheres de Canavieiras Participam da Marcha das Margaridas na Capital do Brasil


Quinta, 15/08/2019


  Nesta quarta-feira (14), aconteceu em Brasília-DF, mais uma edição da Marcha das Margaridas que reuniu no Distrito Federal, aproximadamente 100 mil mulheres camponesas, trabalhadoras rurais, marisqueiras, indígenas, assentadas, ribeirinhas, artesãs, urbanas e outras categorias de mulheres de todo o país e também de outros países. Representando o sul e extremo sul baiano, militantes das Reservas Extrativistas de Cassurubá, Corumbau e da Rede de Mulheres Extrativistas de Canavieiras também estão participando do movimento. 

A marisqueira Lilian Santana de Canavieiras, gentilmente gravou depoimentos com algumas participantes da Marcha das Margaridas e encaminhou para a redação de uma rádio comunitária relatando os principais acontecimentos do ato.   Participando da marcha pela primeira vez, Silvia, uma das coordenadoras da Rede em Canavieiras falou sobre a importância de estar participando do movimento:    "Eu considero muito importante para todas nós marisqueiras, neste momento que o país vem passando, principalmente em relação a discriminação contra as mulheres, para nos fortalecer e para sabermos que não estamos sozinhas na luta".

Para dona Maria das Águas, do estado de Pernambuco, que participa da marcha desde a primeira edição, a marcha "representa a vida das mulheres, representa o sangue de Margarida Maria Alves, dela nasceram muitas margaridas e estamos aqui para fazer a revolução que precisamos".

A Marcha das Margaridas acontece a cada quatro anos e é pautada pela luta de classes, contra todos os tipos de violência sofrida pelas mulheres, contra o desmonte das políticas públicas voltadas ao campo.   Em sua 6° edição, a marcha tem como tema central este ano:  "A agroecologia e o enfrentamento da violência contra a mulher no campo."    O nome da marcha presta homenagem à Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. 

Ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983, a mando de latifundiários da região. Por mais de dez anos à frente do sindicato, Margarida lutou pelo fim da violência no campo, por direitos trabalhistas como respeito aos horários de trabalho, carteira assinada, 13º salário, férias remuneradas e outros.  

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